Sem escrever não vivo na plenitude
as palavras são folhas de um trevo
as quais formam os versos que escrevo
eu sou o objecto, elas são a atitude
Escrevo o melhor que posso e sei
eu sou o boneco, palavras são Giuppetto
escrevo poemas como este soneto
descoberta nova e adicto fiquei
São versos o que respiro
são quadras o que sinto
prazer que tenho na vida
Noutra era escrevi em papiro
digo só verdades, não minto
porque a escrita me é querida
O prometido é devido, diz o ditado
e quem deve tem mesmo de pagar
prometi um novo poema dedicar
agora o faço, sou um homem honrado
Para uma paranaense, gente fina
que sempre comenta o que escrevo
mando um abraço, beijo não me atrevo
para você que vive em Londrina
Tua alma é pura, eu bem vejo
tua simpatia é mesmo natural
como se diz aqui, tudo do baril
Tudo de bom eu te desejo
sou o teu amigo de Portugal
tu és a minha amiga do Brasil
Quando nos habituamos a ter tudo à mão
e o que nos faz falta está tão perto
pouco valor damos a uma questão
eu vou falar, digam-me se estou certo
Lisboa é uma cidade enorme, muito vasta
tem de tudo um pouco, grande variedade
restaurantes, bancos e hotéis quanto basta
hospitais, escolas e museus em quantidade
Tem universidades, cinemas e livrarias
clínicas, quiosques e lojas do cidadão
centros comerciais e muitas lavandarias
empresas de mudanças e fábricas de pão
Podia ficar aqui a noite inteira
a enumerar o que Lisboa tem
lugares de lazer e brincadeira
não falta nada para nosso bem
Mas nem só dentro ou perto da capital
existem pessoas com necessidade
em muitos locais, para ir ao hospital
perdem-se horas, uma eternidade
Há locais sem escola primária
as crianças fartam-se de caminhar
percorrem uma extensa área
para poderem aprender e estudar
Há terras sem teatro, cinema ou museu
sem posto médico ou estação dos correios
há quem não tenha o que por direito é seu
e para os ter só através de outros meios
A desigualdade neste nosso Portugal
é tão grande que até dá vergonha
eu tenho acesso fácil ao essencial
enquanto algures alguém apenas sonha
este texto surgiu após um comentário de Filipe no meu outro blog. Este é para ti amigo.
Há coisas para as quais não encontro explicação
porque nunca acreditei em coincidências
dois dias sem internet, sente-se frustração
terá sido castigo pelas minhas ausências?
Tenta-se de tudo um pouco, mas sem sucesso
nada do que se faz produz bom resultado
após a primeira tentativa, repete-se o processo
fica tudo na mesma, o que se fez de errado?
Não vale a pena insistir, posso mais tarde tentar
mas a situação mantém-se para meu descontentamento
tento a calma manter e os nervos acalmar
tudo vai voltar ao normal a qualquer momento
Um dia sem internet não passa de desilusão
dois seguidos já me deixa bem preocupado
por mais que tente encontrar uma solução
é como se eu nunca a tivesse procurado
Eis por fim chegado o terceiro dia
como se nada tivesse passado, acontecido
sem dificuldade ela aparece bem sadia
nada preocupada por me ter aborrecido
Dever cumprido, tarefa acabada
mais um bom motivo de satisfação
trabalho terminado, obra executada
puro ego elevado, plena realização
Ver o resultado final e admirar
o que fiz com a própria mão
foi a causa de tanto trabalhar
fazer tantas horas, tanto serão
No fim, alivio e cansaço lado a lado
juntos são fogo da mesma chama
vai-se o alivio, estou mesmo cansado
para recuperar, só na minha cama
Durmo um sono justo e tranquilo
muitas horas se passam até acordar
não penso no que fiz ou naquilo
que segunda-feira vou encontrar
Um dia de cada vez, assim vou fazer
pelo trabalho, de outras coisas abdiquei
tenho na vida um outro grande prazer
a ele me dedico, a ele regressei
Voltei para escrever mais poemas
e escrever é a melhor medicina
para resolver todos os problemas
nada como a velha disciplina
E com humor venho aqui poetizar
mesmo que fracas sejam as rimas
umas vezes vou cair e deslizar
outras, darei voz às minhas cismas
Estou ansioso pelo que aí vem
tenho fome de poemas e escrevo
este poema até me parece bem
e prolongá-lo não me atrevo
Peço desculpa aos amigos e amigas da net
apelo à vossa paciência e compreensão
tenho chegado a casa perto das onze, saio às sete
a minha vida laboral sofreu uma alteração
São 14 horas de trabalho, mais duas de viagem
das oito que sobram, seis são para dormir
convenhamos que duas horas é pouca margem
para poemas fazer, dizer, ler e ouvir
Curto, vai ser o tempo esta semana
muito, o trabalho que me ocupa
na vida não mandamos, ela é nossa sultana
Desculpem se não vos puder visitar
tentarei responder aos comentários
que tiverem a amabilidade de me deixar
Português
Merbaha! Hello! Olá!
benvinda Ayshe, amiga turca
benvinda sejas por cá
com ou sem burca
Não sei qual a tua religião
isso não me interessa
mas sei qual é a tua região
é Bursa, embora não conheça
Estivemos juntos mais de uma hora
a jogar jogos de dominó
até que tive de vir embora
e deixei-te ficar só
Para ti é este poema
escrevi mal te deixei
apenas a lingua foi problema
porque turco eu não sei
Minha nova amiga, adeus
foi bom eu te conhecer
recebe estes beijos meus
é o meu jeito de te agradecer
INGLÊS
Merbaha! Hello! Olá!
welcome Ayshe, Turkish friend
you're welcome here
with or without a burca
I don't know what's your religion
this doesn't interests me
but i know what´s your region
is Bursa, although i don't knowledge
We were together more than an hour
playing games of dominoes
until i had to came away
and i left you alone
For you is this poem
wrote bad i left you
only the language was a problem
because i don't know Turkish
My new friend, goodbye
it was very good to meet you
receive this kisses from me
it's my way to thank you
Gule gule Ayshe
. Convite a todos os que qu...
. És aquela que mais amo - ...
. 2 ANOS
. Eu noutra plataforma
. Raízes