Hora de reflexão
tempo de definir prioridades
esquecer ou eternamente recordar
mudar ou apenas respirar
dar novo rumo
ou persistir em conceitos caducos
cala-se a voz, exige-se pensamento
uma balança entra em cena
fechar um tempo, uma era
ou abrir novas portas
Há urgência de monólogo
diálogos ficam em suspenso
cada cabeça sua sentença
decisão final, modo próprio
exclusão do talvez
procura de certezas
Tempo de reflexão
tempo de decisões
tempo suspenso
A partir deste momento todos os meus espaços da blogosfera ficam com a actividade suspensa por tempo indeterminado. Aos amigos e amigas que a poesia me deu deixo o meu até breve e que a poesia continue a ser uma parte importante da vossa vida.
Escrevo por não poder falar
todas as palavras que quero
escrevo de mim, sou sincero
este sou eu, não posso negar
Também sou de carne e osso
não só de alma e de coração
o corpo também sente paixão
entre dois "eus" não há fosso
Sou sentimento, sensibilidade
vou à luta, lanço minha sorte
sou um mero humano, mortal
Tenho ambições e necessidade
mesmo fraco, mostro-me forte
mas falta-me o mais essencial
Não há poeta no universo
que escreva um só verso
sem o sentir de verdade
cada um escreve o que sente
um poeta nunca mente
nem tem essa necessidade
Nunca houve poesia atroz
só poetas com a sua voz
a clamar meros sentimentos
os poetas são a razão
mesmo vivendo em turbilhão
e sofrendo vários tormentos
Nunca existiram poetas felizes
todos cometeram deslizes
não há um que seja puro
os poetas são diferentes
boémios, sóbrios, indigentes
do mais douto ao mais obscuro
Não há poetas neste mundo
que falem do seu "EU" profundo
sem ponta de nostalgia
os poetas são milagre
com palavras de vinagre
mas sem poetas não há poesia
Uma Deusa chegou-se a mim
com seu manto de cetim
deixou-me sentir o seu odor
soprou-me no ouvido
por ela fiquei retido
sou seu lacaio do amor
Mas seu corpo de marfim
só o poderei ter no fim
se achar que sou merecedor
embora já o tenha sentido
logo o dei por perdido
sem saber se sou perdedor
Sou como Hércules, há um trabalho
bem difícil e não há atalho
para este desejo eu alcançar
em grego ela quer que eu fale
mas ó Deusa assim não vale
exige-me outra língua p'ra falar
Um passo à esquerda, dois à direita
ritmados, vamos na cadência certa
belo o vestido púrpura que te enfeita
lindo esse decote que me desperta
Teu corpo balança em meus braços
ao som da música que escutamos
desajeitados mas sem embaraços
esta é a nossa música e dançamos
Nos teus olhos perco o meu olhar
nos teus lábios colo a minha boca
teu belo corpo encostado no meu
É por ti que estamos aqui a dançar
mesmo sendo esta uma ideia louca
vem Julieta, dança p'ró teu Romeu
Sou amigo do meu amigo
e cultivo as minhas amizades
dentro da lealdade
da compreensão
do afecto
da solidariedade
Sou amigo dos meus amigos
independentemente
das orientações sexuais
politicas
religiosas
não olho a cores
nem estratos sociais
Os meus amigos são meus amigos
pela amizade
pelo carinho
pelo amor
pelas palavras de conforto
pelos ombros amigos
pela boa disposição e humor
Sou amigo de quem sou
pelo carácter
pela frontalidade
pela honestidade
Mas acima de tudo
tenho os amigos que tenho
e sou amigo de quem sou
por uma razão fundamental
sou amigo do respeito
Palavras meigas
sussurros tranquilizantes
relaxamento e bem-estar
carícias, corações palpitantes
inconsciência momentânea
afagos, ombro solidário
alva pele, doce e suave
lábios sedentos, beijos molhados
ternuras partilhadas
Jovens sorrisos
olhos brilhantes, olhos focados
silhuetas que se impõem, difuso redor
olhares que se trocam
rostos que se conhecem
Desejos rubros, quereres da pele
ansiedades refreadas
paragem do tempo, instante prolongado
tremores e frémitos sentidos
pulsações exaltadas
Toque de pele na pele
luta corpo a corpo
respirações ofegantes
satisfação pelo cansaço, insistência na fadiga
feliz masoquismo
eternizar do prazer
Ai! Que saudade
. Convite a todos os que qu...
. És aquela que mais amo - ...
. 2 ANOS
. Eu noutra plataforma
. Raízes