No meu país à beira-mar plantado
sente-se do furacão, o seu rodopio
o povo vive com seu destino frio
o motor da nação parece parado
Neste meu país de grande passado
nunca ninguém recusou um desafio
mas hoje em dia existe um vazio
o tempo fez perder o nosso legado
Somos um povo com grande tradição
nós demos novos mundos ao mundo
fomos uma nação de excelsa coragem
Hoje vivemos em extrema confusão
sentimos que o barco irá ao fundo
assim vai terminar a nossa viagem
Fecunda terra de esterilidade mordaz
que ao mundo recusas ser sementeira
árida superfície de saibroso capataz
cujo Zéfiro é elementar brisa traiçoeira
Terreno de jocoso talhe e má locomoção
volúvel lugar de pérfidos comedimentos
prenhe de indiferença, és sórdida região
fértil cadáver de colossais padecimentos
És de extremos sem réstia de remorsos
constante é o teu corpo transformista
com ignóbeis relevos e quistos dorsos
Em ti navegam excêntricos rastejantes
sem se subtraírem da tua única pista
que hoje já não é igual ao que era antes
Diz-me ó espelho d'água
por que me reflectes curvilíneo,
destorcido da realidade.
Diz-me a razão pela qual
me desfiguras assim.
Diz-me ó espelho d'água
por que inventas a minha face
tão distante do que sou.
Diz-me a razão pela qual
não levas a minha imagem
na corrente do teu leito.
Diz-me ó espelho d'água
por que me vês o inverso do que sou.
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