Numa sala cheia de fumo e gente
quando o silêncio a nós se agarra
ouve-se o trinar de uma guitarra
ouve-se a voz do fado comovente
Numa cadência certa e imponente
o fadista clama poesia com garra
a viola acompanha-o nesta farra
fado! Qual dos dois mais o sente
Cantiga boémia, bem portuguesa
bandeira de uma nação tamanha
pátria da melancolia, da saudade
Cantiga triste mas cheia de beleza
voz de um povo que a vida amanha
nosso fado, filho da portugalidade
Já me sinto envergonhada
Por esta tão longa ausência
Mas, se estiver perdoada,
Vale a pena a penitência...
Andamos desencontrados
Nesta tarefa sem fim...
Somos os tais "agarrados"
Como as flores no seu jardim...
Bem empregues, no entanto,
São as horas que gastamos
À procura desse encanto
Que aos poemas dedicamos!
Abraço GDE!
De
manu a 30 de Março de 2010 às 02:42
Que surpresa agradável
num momento improvável
eu hoje vim aqui encontrar
a surpresa vinda do nada
lembrando a desgarrada
que sempre hei-de lembrar
É bom senti-la saudável
com verso fácil e fiável
boa disposição para durar
pergunta se está perdoada
a resposta é a esperada
nada tenho para perdoar
De modo simples, implacável
nós explicamos o inexplicável
este amor, esta forma de amar
uma paixão em nós enraizada
que sentimos pela versalhada
urgente como o próprio respirar
Abraço.
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