I
Se escrever tu não te permites
De que podes tu então escrever?
Tudo deves deixar acontecer
Ao escrever não cries limites
Não sou a pessoa mais indicada
Para aconselhar sobre poesia
Minha consciência não consentiria
E essa seria uma ideia errada
Só posso dar força para ti
Escreve tudo o que sentes
Não te acanhes ou preocupes
Aprende-se com erros, eu aprendi
Agarra-te com unhas e dentes
Se correr mal não te desculpes
II
A página eu visualizo
Deixo a escrita fluir
Alguma coisa há-de surgir
Só assim eu me realizo
É mau ter pouca inspiração
Temos que escrever muito mais
Há versos maus, outros bestiais
Só é preciso alguma dedicação
Não se deve desanimar
Logo nas primeiras rimas
Tudo tem o seu preço
Há muito para porfiar
Combater algumas cismas
E ganhar mais apreço
III
Ainda não domino esta arte
Dos sonetos saber fazer
Mas estou disposto a aprender
Há um processo, faz parte
Ainda me custa metrizar
As palavras vão aparecer
Mas continuo a escrever
As melhorias vão chegar
Com esforço, algum suor
Com dedicação, sem excesso
Muito amor e carinho
Tento fazer o melhor
Só assim há progresso
Este é o bom caminho
Este soneto em três partes surgiu enquanto respondia a um comentário de velucia a quem o dedico.
Para quem diz que não sabe...
Aí estão 3 sonetos.
Com o tempo tendem a sair mais facilmente.
De
manu a 8 de Novembro de 2008 às 20:06
Olá Catarina! Os versos sempre me saíram com espontaneidade mas transformá-los em sonetos é complicado, isto se levarmos em conta que um bom soneto é aquele que respeita a métrica e isso ainda é para mim algo difícil Obrigado pela tua visita. Vou agora passar pelo teu "cantinho" e ver o que fizeste hoje. Até já! Abraço.
Às vezes não saem espontaneamente mas poesia é posia não interessa a forma.
O importante da poesia é ser espontanea e não forçada.
Cada poeta tem o seu estilo e escreve como gosta e no conteudo é que está o interesse.
Beijos.
De
manu a 10 de Novembro de 2008 às 20:10
Concordo com o que dizes, na medida em que é meu hábito escrever em vários estilos e formas. Não tenho um padrão de escrita, escrevo e pronto. Mas, pelo que tenho lido a nível de sonetos, sou obrigado a dizer que se juntarmos a criatividade com a qualidade estilística o produto final fica melhor. Isso só se consegue com anos de prática e eu vou praticando. Há-de chegar um dia em que escreva um soneto desse género com a mesma espontaneidade que escrevo os outros. Beijo
De Velucia a 9 de Novembro de 2008 às 04:23
Olá Manulo
Muito obrigada pela dedicatória!
Um dia eu aprendo a escrever.
Desculpe sem querer, apaguei todos os comentários antes de publicar.
Isso é para você ver que até em internet ainda estou aprendendo.
Um abraço.
De
manu a 9 de Novembro de 2008 às 09:22
Olá Vera! Só com muito treino uma pessoa chega perto da perfeição (que não existe). Eu vou continuar a praticar e a aprender pela vida fora, você devia fazer o mesmo. Quanto a não saber escrever, você se inferioriza a si própria com esse comentário, claro que você sabe escrever, volte atrás no tempo e veja os seus textos, se fosse verdade o que diz, nunca os teria escrito. Eu lhe digo, você sabe escrever sim, só está numa fase de menor inspiração. Força e ânimo para você voltar a escrever é o que lhe mando. Um abraço.
De Velucia a 9 de Novembro de 2008 às 15:25
Oi Manulo
Isto é bem verdade!
Estou sem menor inspiração!
Havia uma pessoa que inspirava-me muito, mas resolveu desaparecer.
Um grande abraço
De
manu a 9 de Novembro de 2008 às 16:10
Olá Vera! Estava a ler um pouco do novo livro do Paulo Coelho e li algo que se adapta na perfeição ao que lhe disse no outro comentário. "O talento é um dom universal. Mas é necessário muita coragem para fazer uso do mesmo; não tenha medo de ser a melhor" - in - O vencedor está só - Paulo Coelho Essas palavras eu as transmito para você, e acrescento, o mundo não espera que você seja a melhor, desiluda-o. Um abraço de coragem.
p.s. por morrer uma andorinha não acaba a primaVERA
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