Olho-me ao espelho, o que vejo?
mais uma ruga a aparecer
aos mais novos não invejo
o desejo de envelhecer
Como me lembro de outrora
quando à força 18 queria ter
outros tantos tenho agora
se tudo correr bem mais 18 p'ra viver
Não tenham pressa na idade
um após outro, eles vão chegar
aproveitem enquanto podem
Vivam a vida com intensidade
em vós, também o tempo vai passar
e no fim da vida, todos morrem
De Velucia a 10 de Novembro de 2008 às 22:12
Oi Manulo
Interessante este teu poema
Eu acabei de ler um livro "quebrando o espelho", e, deves quebrar mesmo. Será que nele somos realmente nós que nos vemos?
A essência não está na pele enrugada, nem na idade.
Mas no "Ser" que não consiguimos enxergar no espelho.
Um abraço.
De
manu a 10 de Novembro de 2008 às 22:26
Olá Vera! Este poema surgiu de uma conversa com o meu sobrinho mais velho (12 anos) que reclamava por não poder fazer algumas coisas porque era novo demais. Claro que a imagem reflectida no espelho somos nós mas sem a nossa essência. Sobre esse tema da eterna juventude eu te recomendo a leitura do livro de Oscar Wilde "O retrato de Dorian Grey ". Adoro esse livro porque nos fala do conflito entre o que somos, o que pensam que somos e o que gostaríamos de ser. Mas, aqui entre nós que ninguém nos ouve, quem não gostaria de ter um aspecto jovem para sempre? Um abraço.
De Velucia a 13 de Novembro de 2008 às 02:30
Olá Manulo
Os adolescentes sempre reclamam do que não podem fazer, mas há os que fazem mesmo sem poder.
Obrigada pela dica do livro. Vou ler assim que possível. Mas, não estou em conflito não! Apenas tento ver a minha ess~encia no espelho.
No momento estou lendo um o livro daquele Dr. Groddeck (psicanalista alemão), o qual eu faço menção no meu blog. Também muito interessante, chama-se "O Livro disso". Aqui no Brasil é da Editora Perspectiva. Há também "O Homem e seu Isso" da mesma editora. Vale a pena ler. Trata exatamente da essência do "Ser". O primeiro consegui através do site "Estante Virtual" e por um preço bem acessível.
Um abraço.
De Velucia a 13 de Novembro de 2008 às 02:32
* Desculpe o erro
Não tenho paciência para corretor ortográfico e os comentários são todos as pressas.
De
manu a 13 de Novembro de 2008 às 23:18
Olá Vera! Obrigado pelas suas sugestões. Um dos meus passatempos preferidos é a leitura, e neste momento tenho 19 livros esperando pela minha atenção. Estou quase acabando o último do Paulo Coelho e logo que termine colocarei a minha opinião sobre ele no meu outro blog. Um abraço.
De MBeirão a 10 de Novembro de 2008 às 23:25
A idade trás rugas de sabedoria
Os cabelos brancos, a maturidade
Mas também a saudade de que um dia
Já tivemos... pouca idade!!!
Um abraço companheiro
(MiguelBeirão)
De
manu a 10 de Novembro de 2008 às 23:46
Olá Miguel! Obrigado por mais uma visita e por mais uma quadra com sentido poético. Os poetas não têm idade, são eternos. Um abraço.
Ó Manu, velho com 36 anos? Meu Deus! Então o que não serei eu?! Muito sinceramente não reparo muito nessa coisa da idade, a não ser porque me pode limitar fisicamente... mas a doença também! E há tantas e tão magnifícas recompensas que nos vêem com a idade!
abraço.
De
manu a 11 de Novembro de 2008 às 19:29
Não me considero velho, nem pouco, mais ou menos. Ao contrário de muitos, e eu conheço alguns, a idade a mim não me preocupa minimamente. Até hoje, nunca tive uma daquelas crises existenciais por causa da idade e, conhecendo-me como conheço, acho muito improvável que tal venha a acontecer. Este poema surgiu após uma conversa com o meu sobrinho mais velho, que se lamentava de não o deixarem fazer algumas coisas por só ter 12 anos. Eu lembro-me da forma como desejava chegar aos 18 só para fazer as coisas e não ter de prestar contas por ser maior de idade. Mas depois dos dezoito...o tempo começou a acelerar e foi só somar. Esse é no fundo o recado que tentei transmitir. Um abraço.
Ah! Isso também me aconteceu, quando era miúda!
Daqui a uns 30 anos ele irá lembrar-se disso!
Abraço.
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