Olho-me ao espelho, o que vejo?
mais uma ruga a aparecer
aos mais novos não invejo
o desejo de envelhecer
Como me lembro de outrora
quando à força 18 queria ter
outros tantos tenho agora
se tudo correr bem mais 18 p'ra viver
Não tenham pressa na idade
um após outro, eles vão chegar
aproveitem enquanto podem
Vivam a vida com intensidade
em vós, também o tempo vai passar
e no fim da vida, todos morrem
De Velucia a 10 de Novembro de 2008 às 22:12
Oi Manulo
Interessante este teu poema
Eu acabei de ler um livro "quebrando o espelho", e, deves quebrar mesmo. Será que nele somos realmente nós que nos vemos?
A essência não está na pele enrugada, nem na idade.
Mas no "Ser" que não consiguimos enxergar no espelho.
Um abraço.
De
manu a 10 de Novembro de 2008 às 22:26
Olá Vera! Este poema surgiu de uma conversa com o meu sobrinho mais velho (12 anos) que reclamava por não poder fazer algumas coisas porque era novo demais. Claro que a imagem reflectida no espelho somos nós mas sem a nossa essência. Sobre esse tema da eterna juventude eu te recomendo a leitura do livro de Oscar Wilde "O retrato de Dorian Grey ". Adoro esse livro porque nos fala do conflito entre o que somos, o que pensam que somos e o que gostaríamos de ser. Mas, aqui entre nós que ninguém nos ouve, quem não gostaria de ter um aspecto jovem para sempre? Um abraço.
Comentar: