Por vezes dou comigo a pensar
se, na cara, tenho algo escrito
nem sempre consigo acreditar
no que oiço, no que me é dito
Não sou doutor, longe disso
mas tenho consciência do que sou
tenho um trabalho, um serviço
em tudo o que faço, o máximo dou
Podem criticar, dizer que está mal
todos aprendemos com os erros
mas não me falem como a um animal
falem com correcção, não aos berros
Sou muito calmo por sã natureza
mas não gosto de ser pisado
aí, perco a calma, com certeza
e transformo-me num ser irado
Não sei o que realmente pensam
aqueles que na parede têm diploma
e da arrogância não dispensam
julgam-se fechados numa redoma
Oiçam com atenção, o que me irrita
é esse vil e constante bota-abaixo
só porque carrego uma marmita
não sou nem serei vosso capacho
P'rós olhos, não me atirem areia
mesmo tapados, vejo mais que vocês
não me apanham nessa teia
não ando nesta vida à um mês
Assumam o que têm de assumir
sejam os homens que dizem ser
para não me voltarem a ouvir
e ver-me, de novo, enfurecer
Vocês têm um preconceito errado
que não perdem nem a murro
lá por eu não ser doutorado
trabalho nas obras, mas não sou burro
Pois é, Manu. Todos nos zangamos de vez em quando.
Eu não suporto preconceitos e nunca percebi lá muito bem como é que alguns seres humanos conseguem tratar o seu semelhante de uma forma tão cruel. Eu não gosto de levantar a voz nem para os animais. Mesmo quando estou zangada tento-me controlar... só levanto a voz para rir. No café, com as minhas amigas, sou capaz de me rir á gargalhada por tudo e por nada... somos três "velhotas" muito divertidas, que enfrentam a rir os seus problemas fisícos. Todas nós temos doenças crónicas e estamos muito melhores desde que começámos a reunir, ao fim da tarde, na esplanada do café. Não nos rimos dos outros, não dizemos mal da vida de ninguém... brincamos com as nossas próprias situações e acabamos, quase sempre, na gargalhada. O mundo seria tão melhor se as pessoas se rissem mais e gritassem menos...
Um abraço.
De
manu a 15 de Novembro de 2008 às 18:16
Eu desde muito novo que lido com o preconceito. Crescer no ambiente social e económico em que vivi durante os primeiros dezassete anos da minha vida deu-me uma experiência nesta matéria que muitos sociólogos invejariam . Aprendi que os preconceituosos se dividem em duas categorias; os ignorantes e os maldosos. Não sei qual destes grupos merece mais repúdio mas em ambos impera a futilidade de pensamento. No caso em concreto não é só a ignorância mas também a arrogância com que se fala com as pessoas. Eu sou por natureza uma pessoa calma e ponderada e reflito muito antes de fazer seja o que for, mas se há algo que me tira do sério é a falta de respeito. A situação que ocorreu não me dizia respeito mas não me contive perante as "bestialidades" que ouvi. Infelizmente há pessoas neste mundo que se aproveitam das mais "fracas" para libertar as suas frustações pois sabem que não serão contestados. Neste caso o tiro saiu pela colatra. Um abraço.
Ora é isso mesmo! A ignorância e a arrogância são duas doenças graves da humanidade! São mesmo gravíssimas por tudo o que geram de negativo em seu redor. Dois flagelos que deverão ser combatidos com serenidade, mas de forma activa e constante.
Abraço.
De
manu a 16 de Novembro de 2008 às 15:22
E esse desfile? Estive na primeira fila e você estava deslumbrante, como sempre. Um abraço.
Obrigada, Manu! Tropecei um pouquinho, mas depois senti-me "em casa", graças ao vosso acolhimento!
Abraço.
De Velucia a 15 de Novembro de 2008 às 01:56
Olá
Não ligues para a arrogância de um diplomado que teima saber mais do que você.
Há muitos sábios que nunca leram um livro.
E sabia... Quando os diplomados partires dete mundo...
Não será perguntado que grau de estudo ele tem e sim o que ele fez de bem ao próximo, o que ele fez da humildade, da caridade. Por isso não dê atenção ao doutor que se julga um Deus.
Fique bem.
Um abraço.
De
manu a 15 de Novembro de 2008 às 18:22
Olá Vera! Esta situação não me dizia respeito mas não me contive perante os desaforos que um engravatado com diploma disse para um pedreiro com idade para ser seu pai. Sou uma pessoa calma mas não fico calado perante tanta falta de respeito. Aí, ele teve de ouvir o que não queria. Um abraço.
De
filipe a 15 de Novembro de 2008 às 16:45
"O que fazemos durante as horas de trabalho determina o que temos; o que fazemos nas horas de lazer determina o que somos."
Charles Schulz
Todos os trabalhos são dignificantes e todos são necessários.
De
manu a 15 de Novembro de 2008 às 18:27
Isso é verdade amigo Filipe. Mas há sempre um energúmeno mais ignorante que pensa ser dono e senhor das verdades absolutas. Esta situação que poetizei não me dizia respeito mas não me contive e reagi. Se há coisa que me tira do sério é a falta de respeito. Obrigado pela visita, um abraço.
De Velucia a 15 de Novembro de 2008 às 19:33
Olá poeta Manulo
Cá estou eu, em especial aos amigos que me visitam.
Estou com um convite pra um desafio. o primeiro de meu blog.
Quero que aceites.
É só ler o texto do post "Quebrando o Espelho" e depois escrever algo como entendeu, ok?
Espero sua participação.
Um abraço.
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