Sem escrever não vivo na plenitude
as palavras são folhas de um trevo
as quais formam os versos que escrevo
eu sou o objecto, elas são a atitude
Escrevo o melhor que posso e sei
eu sou o boneco, palavras são Giuppetto
escrevo poemas como este soneto
descoberta nova e adicto fiquei
São versos o que respiro
são quadras o que sinto
prazer que tenho na vida
Noutra era escrevi em papiro
digo só verdades, não minto
porque a escrita me é querida
Pois é Manu. Cá vamos escrevendo debaixo do mesmíssimo impulso que ao longo das Eras tem movido os homens... alguns homens, pelo menos. E vamo-nos identificando com essas linhas... a nossa mensagem, o nosso rasto nesta vida.
Abraço grande e muita inspiração.
De
manu a 1 de Dezembro de 2008 às 16:40
Poetisa! Estou longe de conseguir o que a amiga faz a nível de sonetos mas esta onda de inspiração já me fez escrever hoje uns poucos que irei "postar" com este nome. A saga dos "Sim! Escrevo" já tem mais 4 irmãos prontos a serem entregues ao mundo. Por este andar vou ter de criar outro blog só para os sonetos. Ehehehe . Um abraço.
Eu aprovo! Mas aviso que dá um trabalhão danado! Agora vou tomar o meu duche porque com os animais todos, ainda nem tive tempo para isso! Depois volto cá para ver essa produção toda!
Abraço!
De
manu a 1 de Dezembro de 2008 às 17:39
Não sei se isso também lhe acontece
começar a escrever e não conseguir parar
escrevo desde manhã, já anoitece
não sei no que tudo isto vai dar
Os sonetos aumentaram entretanto
já são mais de dez, isto não tem fim
consigo ver essa cara de espanto
mas peço-lhe que acredite em mim
Fiz há pouco uma pausa na blogosfera
também fui a banhos, já tresandava
aproveitei para descansar um pouco
Tive de fazer um compasso de espera
poder descansar já eu precisava
tenho escrito que nem um louco
Olá se acontece! Volta e meia tenho um desses "ataques de poetice"! E o pior é que, de vez em quando, também me dão "ataques de pintura" e então é que é uma catástrofe porque a parafrenália de instrumentos é muita e eu esqueço-me mesmo de comer e dormir. Já cheguei a ir para o jardinzinho em frente da minha casa com a bata, o cavalete, a tela e tudo o mais, para aproveitar as condições climatéricas de alguns dias. São pulsões muito fortes e, de uma maneira geral, dão belíssimos trabalhos. Depois ficamos felizes e exaustos.
Abraço.
De
manu a 1 de Dezembro de 2008 às 22:49
Quem me dera fazer disto vida
era sinal que a cultura rendia
viveria uma existência sadia
juntava ao prazer a contrapartida
mas as coisas não são assim
temos de ter outra profissão
e na vida não há outra solução
porque sem comer é o nosso fim
às vezes sonho bem alto
vejo realidades fora de alcance
mundos que não são meus
penso que posso dar o salto
mas só vejo essa vida de relance
e sigo a vontade de Deus
Mas é assim mesmo, Manu. Vivemos numa sociedade que nos não permite sobreviver da escrita e da pintura. Para mim, que tenho mais 20 anos do que o Manu e uma doença crónica, esta é a hora da verdade. Fui trabalhando no que pude, enquanto pude e sempre a adoecer com alguma gravidade. Num mercado competitivo e a afundar-se no oceano da crise, só um louco me daria trabalho... 56 anos, dificuldades motoras ao nível dos membros (mãos e pernas), etc, etc. Acabava por ter sempre muito mais faltas do que presenças. Agora é a minha altura de produzir e dar o meu melhor enquanto ser humano, por muito difícil que isso seja de entender para a esmagadora maioria das pessoas.
Abraço.
De
manu a 1 de Dezembro de 2008 às 23:15
Como não se vive da cultura
ficamos eternos amadores
carregamos o fardo das dores
provocadas pela vida dura
mas melhores dias virão
outro valor nos vão dar
só temos de acreditar
mas com os pés no chão
amiga poetisa sou solidário
e compartilho esse lamento
como bem a compreendo
faz-se arte sem salário
só de trabalho há aumento
e assim vamos vivendo
Abraço.
Mas sempre podemos acreditar que um dia as coisas mudarão, não é Manu? E sabe tão bem acreditar...
De
manu a 2 de Dezembro de 2008 às 00:26
Eu acredito ser possível
a mudançavai chegar
que tudo irá melhorar
a cultura será visível
façamos a nossa parte
não cessemos de lutar
continuemos a acreditar
no valor da nossa arte
mesmo que não beneficiemos
teremos feito a diferença
hão-de nos agradecer
um futuro então teremos
mantenhamos esta crença
continuemos a escrever
É bem verdade que a escrita
Nos ultrapassa, por vezes...
Tenho-a sempre por bendita
Por mais que surjam revezes!
Escrever também é lutar
Quando o que escrevemos tem
Neste mundo o seu lugar
E pr`a todos só faz bem!
Continuemos, portanto,
Esta nossa caminhada...
Solitários, por enquanto,
Depois, obra consagrada!
É fazendo que criamos
E criando é que fazemos
Este mundo a que nos damos
De cada vez que escrevemos!
Abraço!
De
manu a 2 de Dezembro de 2008 às 20:38
Que bom é ter a companhia
de alguém que sabe conversar
e se disponibiliza para escutar
obrigado pela sua simpatia
foi um serão agradável
cheio de poesia amadora
mas bastante reveladora
do quanto é sociável
obrigado mais uma vez
pela companhia que me fez
agradecer nunca é demais
digo agora para acabar
foi muito bom, para si rimar
existirão outros serões iguais
Ora aí está, meu amigo! Sentimo-nos sempre contentes quando encontramos alguém que passa por situações idênticas às que pautam a nossa vida! E essa das dores nas mãos... nem me fale nisso!
Abraço!
De
manu a 3 de Dezembro de 2008 às 18:02
De nós próprios demos pistas
pusemos nossas almas a nu
não passamos de dois artistas
poetaporkedeusker e manu
Abraço.
E se isto continuar
De forma tão imparável
Teremos ganho, e a par,
Um lugar incontestável!
Somos poetas obreiros
De tudo o que há pr`a dizer!
No verso sempre os primeiros,
Dois operários do escrever!
Abraço!
De
manu a 3 de Dezembro de 2008 às 22:41
Viva quem a escrita inventou
e nos deu esta capacidade
acho que em nós pensou
teve muita criatividade
Abraço.
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