Por vezes dou comigo a pensar
se, na cara, tenho algo escrito
nem sempre consigo acreditar
no que oiço, no que me é dito
Não sou doutor, longe disso
mas tenho consciência do que sou
tenho um trabalho, um serviço
em tudo o que faço, o máximo dou
Podem criticar, dizer que está mal
todos aprendemos com os erros
mas não me falem como a um animal
falem com correcção, não aos berros
Sou muito calmo por sã natureza
mas não gosto de ser pisado
aí, perco a calma, com certeza
e transformo-me num ser irado
Não sei o que realmente pensam
aqueles que na parede têm diploma
e da arrogância não dispensam
julgam-se fechados numa redoma
Oiçam com atenção, o que me irrita
é esse vil e constante bota-abaixo
só porque carrego uma marmita
não sou nem serei vosso capacho
P'rós olhos, não me atirem areia
mesmo tapados, vejo mais que vocês
não me apanham nessa teia
não ando nesta vida à um mês
Assumam o que têm de assumir
sejam os homens que dizem ser
para não me voltarem a ouvir
e ver-me, de novo, enfurecer
Vocês têm um preconceito errado
que não perdem nem a murro
lá por eu não ser doutorado
trabalho nas obras, mas não sou burro
Lomellina é nome de região
lá p'rós lados da Lombardia
foi onde nasceu um brasão
e se iniciou uma dinastia
Vassalo de Lumello foi o fundador
de um nome quase milenar
várias mudanças para melhor
até ao actual Lomelino chegar
Urbano Lomellini veio para Portugal
com ele trouxe o irmão Baptista
aportaram lá p'rós lados do Funchal
apenas o segundo fez conquista
Sou de uma familia numerosa
quase tão antiga como o país
fiz esta descoberta fabulosa
ao procurar a minha raiz
Quem por genealogia se interessar
procure no google por Lomelino
vai mais de um site encontrar
e saber que não faço figurino
Dedicado a todos os que tem o sobrenome Lomelino. Procurem saber mais sobre a origem do nome, garanto que ficaram tão fascinados como eu fiquei. Só temos menos cinco anos do que Portugal.
Neste dia de S. Martinho
dizem os antigos com fé
come-se castanhas, prova-se o vinho
prefiro castanhas e água-pé
A lenda fala de santa bondade
a esse santo rezam com louvor
e eu aceito de boa vontade
trocar este frio por algum calor
Ò santo que és de Novembro
o mês que antecede o Natal
de ti nem os pagãos esquecem
De ti sempre me lembro
pelas castanhas e pinga especial
e pelos raios que nos aquecem
Olho-me ao espelho, o que vejo?
mais uma ruga a aparecer
aos mais novos não invejo
o desejo de envelhecer
Como me lembro de outrora
quando à força 18 queria ter
outros tantos tenho agora
se tudo correr bem mais 18 p'ra viver
Não tenham pressa na idade
um após outro, eles vão chegar
aproveitem enquanto podem
Vivam a vida com intensidade
em vós, também o tempo vai passar
e no fim da vida, todos morrem
Ostentação! Jóias e outros objectos de valor
Acessórios! Tudo o que abre portas à celebridade
Moda! Alta costura! Fatos de famoso criador
Impera a beleza em detrimento da personalidade
Limusinas! Espaço para albergar uma conferência
Jacto privado! O tempo diz-se ser precioso
Iate ancorado! Quanto maior, menor decadência
Festas e mais festas! Comparecer é imperioso
Telemóveis-casa! Um mundo numa só mão
Paparazzi! Loucura frenética por um boneco
Passerelle! Anoréxicas desfilam num salão
Da beleza relativa e doentia fazem eco
Casinos! Dinheiro a rodos em jogos de sorte
Negócios! Exposição de ideias ditas originais
Império! Lucros inacreditáveis, riqueza forte
Milionários excêntricos, são todos iguais
Riqueza! Só para quem não é escrupuloso
Fama! Só para quem se vende contra ideais
Glória! Para quem nunca deixou de ser famoso
Proveito! Para os que são noticia de jornais
E todos eles fazem questão de comparecer
em festas de beneficência, bailes de caridade
apenas pela incessante necessidade de aparecer
mostrar-se ao mundo, em toda a sua vaidade
I
Se escrever tu não te permites
De que podes tu então escrever?
Tudo deves deixar acontecer
Ao escrever não cries limites
Não sou a pessoa mais indicada
Para aconselhar sobre poesia
Minha consciência não consentiria
E essa seria uma ideia errada
Só posso dar força para ti
Escreve tudo o que sentes
Não te acanhes ou preocupes
Aprende-se com erros, eu aprendi
Agarra-te com unhas e dentes
Se correr mal não te desculpes
II
A página eu visualizo
Deixo a escrita fluir
Alguma coisa há-de surgir
Só assim eu me realizo
É mau ter pouca inspiração
Temos que escrever muito mais
Há versos maus, outros bestiais
Só é preciso alguma dedicação
Não se deve desanimar
Logo nas primeiras rimas
Tudo tem o seu preço
Há muito para porfiar
Combater algumas cismas
E ganhar mais apreço
III
Ainda não domino esta arte
Dos sonetos saber fazer
Mas estou disposto a aprender
Há um processo, faz parte
Ainda me custa metrizar
As palavras vão aparecer
Mas continuo a escrever
As melhorias vão chegar
Com esforço, algum suor
Com dedicação, sem excesso
Muito amor e carinho
Tento fazer o melhor
Só assim há progresso
Este é o bom caminho
Este soneto em três partes surgiu enquanto respondia a um comentário de velucia a quem o dedico.
Quem na rua passa por mim
não imagina esta minha paixão
não me vê com uma caneta na mão
nem a escrever palavras assim
Quem nos transportes me vê
não pensa que gosto de poesia
muito menos, que escrevo todo o dia
e há alguém que me lê
Escrevo versos com prazer
e com eles me satisfaço
é uma paixão já antiga
Sonetos, começo a escrever
até gosto dos que faço
por influência de uma amiga
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