Quem me lê já me conhece um pouco
sabe bem porque escrevo e mais insisto
sabe também como teimo, não desisto
e por vezes escrevo que nem um louco
Para os que me conhecem, eu vos digo
pelo eterno carinho estou agradecido
este meu ego já é grande, convencido
em cada um de vós eu vejo um amigo
Pela vossa existência eu sou milionário
não há neste mundo tamanha riqueza
não vos trocarei por nada do universo
Convosco nunca me sinto só, solitário
nas vossas palavras vejo uma certeza
todos são amados pelo amadordoverso
Adivinha o que sabe este amigo!
O que está em fase embrionária
E eu logo irei ter aqui comigo?
Vou ler essa tua alma visionária
Vou poder "Ler-te" tal qual tu és
Nem só o texto tem uma mensagem
No mar há muito mais que marés
Há também quem faça ancoragem
Por agora apenas posso especular
Nada mais sei e isso é verdade
Porque sei que me vais perguntar
Investigar é a minha especialidade
Não me foi muito difícil descobrir
Só precisei estar um pouco alerta
Por antecipação já me estou a rir
Por pasmares da minha descoberta
Sou um bom detective, de primeira
Sigo todas as pistas, faço deduções
E provoco-te com esta brincadeira
Ao jeito dos verdadeiros foliões
Por ser gabarolas te estou a dizer
Que "Ler-te" vai ser fenomenal
Mais tarde ou mais cedo ias saber
Ter a certeza que sou especial
Eis mais um motivo de admiração
A simpatia aqui sempre existiu
Pergunto: Quem é que tem razão?
Fala mais alto, aqui não se ouviu
A falta que um poema me faz
Onde estás tu grande poetisa?
Há um soneto que de ti precisa
Só esse teu soneto me satisfaz
Quem provocou em ti a mudez?
Quem quer o silêncio da poesia?
Quem é responsável p'la heresia?
Onde está quem já me satisfez?
Regressa poetisa, vem até nós
Dá o prazer da tua companhia
Faz-nos sentir a todos felizes
Quero voltar a ouvir a tua voz
Queremos de novo a tua poesia
Temos saudades do que dizes
Nasci em ninho tosco
de galhos e gravetos mal entrançados
fui cria de pássaro solitário
a lei da sobrevivência foi a minha biblia.
De perigos e devaneios escapei
ganhei asas, aprendi a voar
fortaleci-me na escassez
transformei-me em falcão.
Grandes foram os meus voos
em território hostil mas conhecido
persegui presas, fugi de caçadores
sobrevivi.
Planei ao sabor da brisa
mas também voei contra o vento
fiz uso do meu instinto animal
amadureci antes de ser dono dos céus.
Fui um entre muitos
a união faz a força
no número encontrei a segurança
mesmo sendo senhor de mim.
Tive vários companheiros de voo
houve gozo, nunca plenitude
a ave que desejei voava bem mais alto
longe do meu alcance
fora da minha jurisdição.
Ainda tentei acompanhar o seu voo
mas invadiu-me a vertigem cobarde
e a distância foi-se alargando
mudei meu rumo, procurei alternativa.
Rasguei os céus em voo solitário
tentando encontrar complementaridade
nenhuma outra ave cruzou o meu espaço aereo.
Cansado de voar em circulos
pousei, esperei, ansiei
tive vontade de voltar a voar
desejei voltar a ter companhia nos céus
mas já não fui capaz de sair deste solo.
Estou a perder as asas
acho que estou a desaprender
acho que já não sei voar.
Poetizo da minha forma, como sempre fiz
assim faço meus poemas e fico exposto
não sigo nenhuma norma nem uma matriz
escrevo sobre vários temas, faço-o com gosto
Uso somente a inspiração, é esse o processo
nada é programado, tudo vem espontâneo
este poema é uma excepção sem sucesso
poema assim rimado, rimas em simultâneo
Cada quadra quatro versos, quatro rimas
rimando no meio e rimando no final
concordância em tons diversos, cismas
poema belo ou feio? É circunstancial
Escrevo por paixão, digo-o exaustivamente
é uma necessidade escrever em permanência
pode faltar a erudição e sair poesia incoerente
mas escrever na verdade não é uma ciência
Apego-me ao que escrevo, sou pai babado
dou a este mundo um pouco mais de mim
sem medo eu me atrevo e sou descarado
porque bem no fundo eu só sei ser assim
São palavras vãs as que simplesmente uso
por vezes ando perdido sem um rumo certo
pobres ideias pagãs que utilizo com abuso
frases sem sentido ou de sentido encoberto
Apenas escrevo poesia porque isso me acalma
sem ser poeta versado escrevo com opinião
faço poemas sem mestria mas com muita alma
este nem foi complicado e deu-me satisfação
O que sobrou da revolução
digo-o como minha verdade
foi pouco mais que liberdade
apenas e só uma intenção
Pôs-se fim à lei da rolha?
fala-se agora de peito aberto?
às claras, tudo a descoberto?
o povo não é mais trolha?
Acabou-se a fome no país?
não há violência policial?
o povo tem tratamento especial?
o político faz o que diz?
Erradicou-se por fim o crime?
os direitos são preservados?
os salários são equiparados?
ou tudo não passou de um filme?
Quanto a mim festejam-se valores
e o povo salta de alegria
mas nunca houve melhoria
o país é dos delatores
A segregação ainda existe
manda apenas e só o dinheiro
a assembleia é um pardieiro
e o povo apenas assiste
Não houve sangue na revolução
e aí reside o problema
o país não discute este tema
porque não se quer discussão
Cala-te ó poeta de karaoke
a tua voz é muda e não soa
a liberdade que temos é boa
nada existe que nos choque
Feliz aniversário para a minha irmã mais nova que assinala hoje o seu 31º ano de existência. És o único motivo que tenho para festejar esta data. Parabéns.
A curiosidade levou-me a pesquisar
mais sobre as minhas raízes quis saber
feliz fiquei com o que fui encontrar
do que descobri apressei-me a escrever
Fiz um simples poema em homenagem
contei uma história que é minha também
falei dos meus antepassados, de coragem
de uma epopeia e tudo o que ela contém
Apenas escrevi sobre a minha descoberta
mas o melhor estava ainda para acontecer
esse poema revelou-se uma porta aberta
por onde mais LOMELINO pude conhecer
Espalhados pelo mundo, em vários países
estão pessoas com o nome igual ao meu
gente com quem partilho as mesmas raízes
e após o meu poema, neste blog apareceu
Uma "prima" Mariana e um "primo" Miguel
ele desde a Bélgica e ela de solo brasileiro
comentaram o poema do "primo" Emanuel
que agora é conhecido no mundo inteiro
O "primo" colocou um link no seu espaço
no site que me inspirou, expôs o poema
agora todo o mundo pode ler o que faço
por isso resolvi escrever sobre este tema
Saúdo todos os LOMELINO deste planeta
este meu poema é para vós, a todos o dedico
sou aprendiz de poeta, a minha voz é a caneta
agora que sei que existem, sou bem mais rico
Perante todos vós eu me apresento como sou
as palavras que escrevo fazem-me ser alguém
em Lomellina foi onde a história começou
sim! Eu sou mais um LOMELINO também
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