Início de ano, novas intenções
depois do balanço, projecções
ano para novas metas alcançar
mãos à obra que já se faz tarde
enquanto o estímulo 'inda arde
para o entusiasmo não s'apagar
Entremos desde logo em acção
lapiseiras em riste e inspiração
libertem esses génios criadores
vamos dar poemas ao ano novo
emitir na poesia a voz do povo
sendo escrutinados p'los leitores
Façamos odes aos sentimentos
alegremos pelos padecimentos
pintemos com letras as alegrias
criemos mundos da nossa lavra
dando uma vida a cada palavra
exultemos pelas nossas poesias
Tu partiste para longe de nós, irmã
tentando dar brilho ao teu amanhã
estás longe mas... no nosso coração
tentas um rumo, lanças a tua sorte
mas nós sabemos o quanto és forte
e compreendemos bem a separação
Tu partiste e deixaste aqui saudade
foste em busca duma oportunidade
iniciaste a tua Odisseia, boa viagem
neste que é o teu dia de aniversário
digo-te que contigo estou solidário
eu sei que és uma mulher coragem
Tu partiste para essa ilha dos bifes
onde pensam qu'os tugas são naifes
mostra-lhes o que é a raça lusitana
os antigos derrotaram o Adamastor
no teu sangue corre luso esplendor
tenho orgulho de ti, querida mana
Este poema é dedicado à minha irmã Fernanda que hoje celebra o seu 35º aniversário.
Nanda, muitos parabéns. Amamos-te muito
Fecho os olhos, tento escutar o rouxinol
procuro no seu hino a minha inspiração
imagino uma praia, iluminada p'lo Sol
bem longe do Inverno, em pleno Verão
Oiço as ondas que beijam a areia fina
sinto no rosto uma suave brisa morna
como o oscular de uma sereia menina
que após uma trova ao seu lar retorna
Sinto que entranha em mim a maresia
eu, bem tranquilo aqui nesta praia bela
activo, neste prazer de escrever poesia
os meus olhos fechados são uma janela
De olhos cerrados percorro este mundo
navego de lés a lés, por terra e por mar
no Oceano d'inspiração não me afundo
o solo do meu estro continuarei a pisar
Neste jardim de ideias poéticas
sempre floresce um improviso
desabrocham as flores cépticas
de colorações que me dão riso
Palavras encadeadas, patéticas
com bem pouco senso ou siso
boninas frágeis e esqueléticas
muitas vezes também é preciso
Motes sucedem-se em reles tino
num horto de plantas exóticas
quase numa procissão herética
São regadas p'lo insano destino
ervas daninhas, frases caóticas
adubadas por uma lira ecléctica
Abro a garrafa de champanhe
haja alguém que acompanhe
e que beba comigo desta flute
quero que ninguém se acanhe
que todo o mundo se amanhe
talvez assim esta festa resulte
Vamos comemorar o novo ano
neste cerimonial quase profano
e neste festim ninguém insulte
bebamos neste tempo mundano
alegria está em primeiro plano
quero que o meu povo exulte
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