Percorro caminhos sem rumo definido
Procuro descobrir um lugar para ficar
Onde tudo na vida faça algum sentido
E o meu ser alcance um novo patamar
Preciso encontrar esse efémero espaço
É grande míster abraçar nova energia
Ganhar outros hábitos, novo compasso
Desfazer-me desta perniciosa letargia
Pretendo outras cores e frescos brilhos
Quero novos resplendores, outros sóis
Que iluminem uma existência refeita
Vou libertar-me nestes inócuos trilhos
Aonde não existem vilões nem heróis
E aproximar-me de uma vida perfeita
Poema extraído do meu livro AMADOR DO VERSO
Quem quiser ver as fotos e as reportagens do lançamento clique aqui
Ouve-se a voz ríspida da natureza
um ralhar acompanhado de pranto
descem mil trevas sobre o encanto
ignorando se é uma ilha de beleza
Força provida de uma fatal dureza
nos humanos causa vasto espanto
então o desespero aparece e é tanto
nos rostos nada mais há que tristeza
No meio de tanta angústia e aflição
num caos instalado de ignota lama
ouve-se lamentar a sorte madrasta
O povo luso em uníssono dá a mão
vai solidário acudir quem o chama
na hora difícil o povo não se afasta
Poema dedicado a todos os habitantes da ilha da Madeira, que estão a viver uma tragédia.
E porque esta vida não pode parar
volta-se ao início para recomeçar
volta-se novamente à estaca zero
o que escrevi abdicou de ser meu
com os outros poetas já aconteceu
e ser como os poetas é o que quero
Uma etapa findou, outra já aí vem
é o ciclo da vida que cada um tem
o difícil já foi, por mim, alcançado
agora, é outra a responsabilidade
reclama-se de mim a continuidade
e poesia como a que tenho criado
Já não sou estranho a este mundo
existe um conhecimento profundo
daquilo que sou, do que posso dar
já não passo, no mundo, indiferente
apesar de ser como toda esta gente
que procura, ao Sol, ter o seu lugar
O melhor é esquecer o que alcancei
fazer o que gosto, o melhor que sei
tudo o resto virá de forma natural
continuar a ser eu é o que prometo
ao envaidecimento não me remeto
serei amador do verso até ao final
Ser poeta é ser em tudo diferente
analisar todas as situação do mundo
falar das feridas e tocar bem fundo
sem se preocupar em ser eloquente
nem fazer caso das palavras alheias
viver sempre das suas próprias ideias
e lutar com todas as forças que sente
Ser poeta é ser único perante iguais
mostrando em verso a sua criatividade
singular e cheia de individualidade
sem perder o gosto de alcançar mais
porque apenas o céu pode ser o limite
a um verdadeiro poeta tudo se permite
porque os poetas nunca serão normais
Ser poeta é ter uma energia sem fim
é ser-se incansável buscando perfeição
é escrever, dando bom uso à inspiração
porque o poeta só pode ser feliz assim
não há prémio que o possa envaidecer
nem saudade que o consiga entristecer
o poeta é jardineiro, a poesia é o jardim
Nem todos podem ser como os poetas
ter, na alma, tatuada a marca dos eleitos
e ser eternamente recordado pelos feitos
proezas heróicas que se queriam discretas
actos e palavras que ficam na história
pedaços de todos nós, poetas são memória
enciclopédias de mil fantasias concretas
Os poetas nunca são bons nem são maus
são simplesmente óptimos pensadores
sofrem pela poesia e sentem-lhe as dores
como se fossem agredidos com paus
isto digo eu que sou simples aprendiz
e que nesta condição consigo ser feliz
para ser poeta faltam-me alguns degraus
Este poema faz parte do meu primeiro livro de poesia "AMADOR DO VERSO" e foi lido pela minha querida amiga ROSAFOGO durante a sessão de lançamento
O autor, EMANUEL LOMELINO, e a Temas Originais têm o prazer de o convidar a estar presente na sessão de lançamento do livro "AMADOR DO VERSO" a ter lugar no Auditório do Campo Grande, 56, em Lisboa, no próximo dia 13 de Fevereiro, pelas 19.00 horas.
Obra e autor apresentados por PAULO SANTOS
Obra prefaciada por AUSENDA HILÁRIO
SE PUDER E QUISER, APAREÇA
Quando a tristeza abraça a tua vida
e nada mais vês além de escombros
pensa que aqui encontrarás guarida
no aconchego destes meus ombros
Quando o mundo parece desmoronar
e dificilmente encontras uma saída
pensa no amigo que te pode amparar
sem exigir de ti uma só contrapartida
Quando tudo se assemelha a desgosto
e só pensas no pior, só queres desistir
lembra-te de limpar o teu belo rosto
há aqui alguém que te quer ver sorrir
Quando a vida é um grande embaraço
e o calor do dia dificilmente te aquece
basta dares um sinal, terás um abraço
deste teu amigo que jamais te esquece
Que calma é esta que se instalou
não sinto uma ponta de ansiedade
estou tranquilo, essa é a verdade
a serenidade veio e em mim ficou
Sempre pensei que seria diferente
bem mais nervosa a minha reacção
sem euforias, digo: Estou contente!
mas plácido, sem grande apreensão
Até parece que já sou um veterano
habituado a viver estas andanças
centro das atenções, primeiro plano
O que pensar disto não sei ao certo
e de o saber não tenho esperanças
quanto ao dia D, já está tão perto!
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