Pena de língua bifurcada como serpente
sem o guizo anunciador de feroz perigo
penetra o rubro sangue fervoroso e quente
faz do desassossego o seu local de abrigo
veneno expelido a conta-gotas, uma a uma
ferroadas dolorosas em alva pele inocente
ninho de vespas com espigões de espuma
ácido carbúnculo em veníflua corrente
dilatável peçonha de forma silábica
antraz mortificante vilmente gaseado
putrefacção de um outro verbo sentir
estilete de parodista de raiz arábica
sem veia nem tino, curto palavreado
emissor vilão de fétido e mortal elixir
De Velucia a 16 de Janeiro de 2009 às 19:05
Belo discurso Manulo!
Concordo em tudo que escreveu.
Abraço.
De
manu a 16 de Janeiro de 2009 às 19:36
Olá Vera! Discurso de "cartola" só pode ser discrito assim. Abraço.
De MBeirão a 16 de Janeiro de 2009 às 19:35
Discurso para abriri a pestana
Do ouvinte mais desatento
Contra aquele que nos engana
Fazendo da falsa palavra instrumento
Opinião falsa publicada vira a opinião pública!!!
Um grande agraço companheiro
De
manu a 16 de Janeiro de 2009 às 19:40
Olá companheiro!
Nem após prolongada ausência
perdeste a perspicácia no comentário
espero que seja longa a permanência
um forte e grande abraço solidário
Bem-vindo Miguel. Abraço.
De MBeirão a 16 de Janeiro de 2009 às 21:04
proponho te um desafio companheiro
e que tal um trabalho escrito entre nos os dois?
De
manu a 16 de Janeiro de 2009 às 21:59
Amigo Miguel! Se achares que estou à altura de responder satisfatóriamente a esse tipo de desafio, aceito. É só explicares o que pretendes. Usa o meu mail, se preferires, para me explicares como isso funciona. Abraço.
Caro Emanuel,
O discurso será o que o povo quer ouvir
e na sua essência não será envenenado
na sua infinita sabedoria saberá discernir
o bom do mau, o que está certo do errado
Abraço
Alex
De
manu a 16 de Janeiro de 2009 às 22:37
Amigo Alex!
Mas há sempre forma de iludir
nem que se use novo adamastor
o medo é muito fértil em impedir
que o povo dê ares de pensador
Abraço.
Amigo Emanuel,
Neste ponto, estou de acordo consigo.
Abraço
e Bom Fim De Semana
Alex
De
manu a 17 de Janeiro de 2009 às 21:27
Amigo Alex! Bem fim de semana com muita e boa poesia. Abraço.
Contundentes no populismo enganador
Pouco acérrimos na convicção
Eloquências de mau pagador
Descrentes na bucólica prelecção!
Manu, continuas assim tenho que comprar uma enciclopédia, o dicionário já não é suficiente!!!!!
Bom exercício linguístico e poético!
Beijo
De
manu a 16 de Janeiro de 2009 às 22:47
Olá Ausenda!
Admito que possa ser demasiado rebuscado
mas costumo ter destas fases obscuras
os mais dificeis ainda não estão postados
mas já sei que depois no dicionário procuras

Beijo
De
Gothicum a 17 de Janeiro de 2009 às 14:50
Olá amigo não te conhecia essa face. Excelente
De
manu a 17 de Janeiro de 2009 às 14:56
Olá Filipe! Também tenho os meus momentos mais obscuros. Ontem fim quase uma saga destes "discursos". Este é sobre o discurso político, o segundo é sobre os discursos de conveniência, o de amanhã é sobre o discurso religioso ( espero pelo teu comentário amanhã). Abraço.
De Velucia a 17 de Janeiro de 2009 às 23:01
Manulo
Desculpe intormeter-me na discussão!
Como está querendo que eu decifra fui ler os outros comentários.
E pergunto: Para quem faz estes discursos? Só para o blog? Ou faz mesmo pára alguém?
Aproveitando... já que iniciei a discussão aqui, espero que não se zangue.
Até pensei que a 1ª quadra tivesse feito por causa do texto que escrevi. Ou melhor, sei que não foi. Mas as vezes eu dependendo do caso "viro serpente". Mas este ano prometi a mim mesmo que não vou ter discussões virtuais.
Um abraço
Ps. Desculpe ser aqui a discussão.
De
manu a 18 de Janeiro de 2009 às 00:10
Olá Vera! Eu não tenho o hábito de decompor meus poemas, mas para que você não fique "grilada"vou abrir uma excepção.Eu vou explicar e depois você vai conferir no poema. Neste poema eu falo do discurso do político:
1ª quadra - "cartola" vem sempre com falinha mansa mas venenosa e se aproveita da desgraça e da emoção do povo para se fazer valorizar
2ª quadra -ele vai envenenando pouco a pouco esse povo em vez de o acalmar, ele faz de conta que está do lado do povo estando a guiar esse mesmo povo pelo caminho que ele (cartola)escolheu
1º terceto -ele fala bem e vai espalhando a sua mensagem fazendo uso da sua falsidade
2º terceto - todos os "cartolas" são iguais, usam mesmos metodos para levar o povo a seguir o seu jogo sujo
Isto é o que está neste poema, embora esteja num discurso bem metafórico. Abraço.
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