Acirrado vai o camponês de olhar rude
nada de bom se pode augurar
é quase impossivel que ele mude
pouca coisa o pode mudar
O trabalho só lhe trouxe sofrimento
poucas alegrias ele lhe deu
nasceu da terra muito pouco alimento
bem menos do que ela prometeu
Primeiro veio a água que tudo alagou
depois queimou-se tudo com a geada
no instante em que ele ceifou
veio o calor,não se aproveitou nada
Depois de muita dívida contraída
o prejuizo aumentou a sua miséria
onde se avistava uma boa saída
surgiu uma tragédia bem séria
Veio a fome e a desesperança
não é só ele que vai sofrer e amargar
em casa tem pais,mulher e criança
ao todo cinco bocas para alimentar
Na sua cabeça habita a incerteza
nada de bom lhe prevê o futuro
e ele não vê com muita clareza
que o que aí vem é ainda mais duro
Segue-se à fome a maldita doença
morre-lhe o filho,o pai e a mãe
dele apodera-se a temida descrença
depois morre-lhe a mulher também
Ele fica triste,só e desamparado
não tem nada nem ninguém no mundo
se lhe dissessem não teria acreditado
que iria bater lá em no fundo
Só lhe resta uma alternativa final
nada consentânea com a sua religião
condena-se ele próprio à pena capital
dá um tiro na cabeça e a arma cai-lhe da mão
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