Mera presunção de quem sabe juntar letras
querer fazer as vezes dos poetas
arrotando palavras num papel
sem a sensibilidade que os poemas merecem
Leviandade de quem tem tempo nas mãos
ideias desconexas para dar a conhecer
regurgitando versos assimétricos
sem a mestria dos verdadeiros poetas
Teimosia numa acção sem mérito
alucinações de carácter lascivo
vómito de frases destemperadas
sem a nobreza que se deseja na escrita
Vaidade num garatujar inóspito
sem vergonha de matar o poema
bolsando pedaços de saber inofensivo
sem inteligência para partilhar
Reflexões sobre a existência de nada
cogitações plagiadas sem remorso
jactos de prosápias delatoras
celebração de tempos ignóbeis
Bazófias sem justificação coerente
falta de denodo original, sem timbre
jorro de palavras cruelmente copiadas
acções assassinas da bela poesia
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