Quinta-feira, 28 de Maio de 2009
Não há... (2009)
Não há poeta no universo
que escreva um só verso
sem o sentir de verdade
cada um escreve o que sente
um poeta nunca mente
nem tem essa necessidade
Nunca houve poesia atroz
só poetas com a sua voz
a clamar meros sentimentos
os poetas são a razão
mesmo vivendo em turbilhão
e sofrendo vários tormentos
Nunca existiram poetas felizes
todos cometeram deslizes
não há um que seja puro
os poetas são diferentes
boémios, sóbrios, indigentes
do mais douto ao mais obscuro
Não há poetas neste mundo
que falem do seu "EU" profundo
sem ponta de nostalgia
os poetas são milagre
com palavras de vinagre
mas sem poetas não há poesia
Olá Emanuel,
Desculpa-me ...mas acho que um poeta também tem a capacidade de se alhear e imaginar um outro "eu" e resultar outros personagens, outros poemas, outros trabalhos....
bjs
De
manu a 28 de Maio de 2009 às 20:47
Olá Breizh! Mas, seja qual for o registo do poeta, há sempre um pouco desse poeta na poesia que faz. Como seria monótono este mundo sem divergência de opiniões. Ainda bem que a minha poesia não sofre de unanimidade. Beijos
Amigo Manu:
Bom poema o «Não há ...» e com muito de verdade, ou total verdade. Agradecido pela visita ao meu «im»blogue e por o «Não há ...» ter sido inspirado (inspirado é demasiado, acho eu ...) no texto introdutório ao meu poema «Dor».
Um poeta escreve o que sente,
e ainda que não, não mente,
pois noutro eu se transfigura
e passa deste a exprimir
o que este anda a sentir,
mesmo até à sepultura.
Um abraço.
Mírtilo
De
manu a 29 de Maio de 2009 às 17:30
Amigo Mírtilo!
Escreve o poeta pela sua mão
o que a sua boa alma lhe dita
e só assim o poeta acredita
que poesia não é só inspiração
também tem a sua verdade
a poesia sai em liberdade
a bendita liberdade de expressão
Abraço.
(Continuação do comentário anterior.)
E ainda que exagere ou minta
nas palavras que em verso pinta,
não mente nem exagera
no que dentro de si sente,
por isso um poeta não mente,
sua alma é sempre vera.
De novo um abraço, Manu.
Mírtilo
De
manu a 29 de Maio de 2009 às 17:33
Amigo Mírtilo!
O poeta escreve sem mentir
mesmo numa história inventada
porque poesia é tudo sendo nada
são palavras que está a sentir
são palavras apenas verdadeiras
sem meias verdades, verdades inteiras
que sempre nos fazem reflectir
Abraço.
Um corpo de poeta é sofredor
Pare, vomita, inconcilia a mente
Com a poesia faz amor
Odeia, perdoa, as palavras que sente!
Manu...é tanto!!!
Beijo Maior
De
manu a 29 de Maio de 2009 às 19:11
Olá Ausenda!
O poeta é um corpo inteiro
é sentido e também sente
por isso ele é verdadeiro
e na poesia nunca mente
Beijo Grande
De
rosafogo a 29 de Maio de 2009 às 23:49
O Poeta canta a alegria e o pranto
Canta o belo a cada instante
lembra a saudade em seu canto
Da chuva, sol e da lua é amante.
Canta e sente!
A primavera e as flores
E tem sempre presente
Que também ela trás amores.
Bom fim de semana
Um abraço
De
manu a 30 de Maio de 2009 às 17:51
Olá rosafogo! Obrigado pelos seus constantes incentivos que muito me honram. Continue com a sua poesia que é belíssima. Abraço.
Comentar post