Escrevo apenas pelo prazer que me dá
muitas das vezes não passa de blá blá blá
algo me vem à cabeça e ponho por escrito
rabisco prosas romanceadas ou poesias
mas não há disponibilidade todos os dias
e nem sempre saem as palavras que medito
Sinto-me melhor a escrever meus poemas
a prosa é mais difícil, cheia de problemas
que me dão dores de cabeça, então paro
os personagens têm a sua individualidade
mesmo ficcionais todos têm personalidade
com as suas imposições eu me deparo
Quem fantasia sabe como iniciar a prosa
o principio de uma história é cor de rosa
só depois surgem as grandes dificuldades
os enredos logo tomam conta do romance
a acção foge de nós, fica fora de alcance
e a meio da história é só contrariedades
Escrever um romance exige continuidade
ter tempo nas mãos para além de vontade
só assim se pode pensar nas saídas possíveis
há uns episódios mais fáceis de desenvolver
mas, outros há, que nos dão muito que fazer
e as soluções que ocorrem não são credíveis
Fiquei a sorrir... tenho um compromisso com umas páginas de prosa que estão bloqueadíssimas... na minha cabeça :))
Abraço grande!
De
manu a 5 de Agosto de 2009 às 21:47
Olá poetisa! É esse o meu problema maior... desbloquear os romances que comecei e mantenho guardados. Abraço grande.
Uau! Já conseguiu chegar ao romance? Não é nada fácil! Exige imenso trabalho e uma linha de continuidade que eu ainda não consegui adquirir. Além do mais exige ordem e eu sou mesmo muito, muito desordenada quando escrevo...
Parabéns! Faça o possível por ir em frente!
De
manu a 6 de Agosto de 2009 às 18:02
Olá poetisa! Esta minha paixão pela escrita nunca se limitou à poesia. Tenho, de facto, quatro romances incompletos na "gaveta" à espera que apareça essa continuidade que fala. Quando se escreve em prosa, há sempre um momento em que a história se escreve por si própria e quando surge um problema para resolver, nem sempre se encontra a melhor solução. Por isso tenho esses texto parados. Quem sabe se um dia consigo desatar os nós em que essas histórias se emaranharam. Abraço grande.
Essas paragens não são tão inusitadas quanto possam parecer. Também há pintores que fizeram o mesmo com algumas obras. O retrato de ... caramba! Esqueci-me do nome daquela extraordinária mulher americana que comprou imensas coisas a Picasso e a Matisse... Gertrud Stein!!! Picasso teve uma "paragem" dessas com o retrato de Gertrud Stein!
Desculpe , mas eu começo a achar demasiadas estas minhas falhas de memória e não gosto nada de andar a apagar comentários. Segue tal e qual.
Um grande abraço e um bom fim-de-semana!
De
manu a 7 de Agosto de 2009 às 21:26
Olá poetisa! Serão essas paragens exclusividade dos artistas?
Os comentários assim, tipo fala quotidiana, dão a sensação de conversa directa e não de diálogo faseado, acho-os uma mais-valia.
Abraço e bom fim de semana.
Pois eu também penso assim, Manu. É isto que é verdadeiramente novo na blogosfera! É uma dinâmica que nunca antes foi possível e que eu chamaria de "Tertúlias Literárias Online" :))
Abraço grande!
De
manu a 10 de Agosto de 2009 às 12:52
Olá poetisa! Nem de propósito essa sua referência às tertúlias. Há dois dias atrás, numa conversa com um amigo, eu referi que era uma pena acabarem esses espaços onde se encontravam as pessoas durante as tertúlias ( fossem literárias ou não). O hábito de juntar pessoas em redor de uma mesa de restaurante ou café já é coisa do passado, então venham estas tertúlias online. Abraço grande.
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