Titubeante forma de agir na vida
essa de andar como uma foragida
passos hesitantes e trémulos tu dás
cheia de mistérios, eternos segredos
magicas grandes formulas, enredos
pensas que todas as pessoas são más
Vestes-te de silêncios melindrosos
envergas apenas trajes andrajosos
escondes-te nesses hábitos de monja
usas somente roupa já fora de moda
mas há muito mais mundo à tua roda
que não o apaga, essa velha esponja
Não entendo os teus reais motivos
julgava-te com actos mais selectivos
foges à minha inteira compreensão
não sei porque escondes a verdade
pensei seres digna, com integridade
mas agora revelas-te uma desilusão
Enfim! Sei que a culpa não é só tua
há mais estrelas para além da lua
somos todos astros desta constelação
nem todos brilham da mesma forma
e o escuro breu não reluz por norma
apesar disso não deixo de ser teu irmão
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