Queixa-se o homem de solidão
ninguém lhe estende uma mão
estando necessitado de carinho
mas hipócrita como ele sabe ser
no seu modo típico de agradecer
afasta os amigos e fica sozinho
Arranja um animal de estimação
um pássaro, um gato ou um cão
e assim deixa de se sentir solitário
mas com a temperatura a aquecer
chega a época de tudo esquecer
e revela o seu carácter primário
Enche de bagagem o seu carrão
certifica-se que fechou a mansão
mas encontra ainda um empecilho
as férias não podem comprometer
é mais um estorvo para resolver
e só o tem por não ter um filho
Perante a urgência de uma solução
só consegue despachar a situação
cedendo o fiel amigo ao abandono
como não tem mais tempo a perder
sem se ralar com o que vai ocorrer
assim crê estar a ser um bom dono
Fica aqui o meu alerta para a vergonha que acontece todos os anos por esta altura. Se não conseguem tratá-los com o mesmo carinho e respeito que eles têm por vós, pelo menos não os abandonem. Todos sabem como é triste a solidão e o abandono e os animais sofrem tal como os humanos.
manu
Agora entendo, o outro não entendia, nada tinha com
o que eu dizia.
Mas passou! Tudo está entendido.
E eu agradeço, do fundo do meu coração a resposta
humana e correcta às atrocidades dos animais
abandonados quando se vai de férias.
Vem ao encontro do meu poema "ABANDONADOS".
Obrigada por colaborar com o seu poema, ao meu
poema.
Maria Luísa
De
manu a 30 de Agosto de 2009 às 16:40
Agora tudo está no seu devido lugar. Abraço grande.
De Triskel a 30 de Agosto de 2009 às 15:57
Olá Emanuel,
É muito triste que ainda hoje se faça isso...
beijo
De
manu a 30 de Agosto de 2009 às 16:41
Olá Breizh! É triste mas ainda há gente muito imbecil principalmente nesta época do ano. Beijos
Manu:
Bom tema nesta altura do ano... O abandono de animais, sobretudo cães. Em quase todo o lado, quase toda a gente vê, por esta estação do ano, cães abandonados, desgraçados, após aos donos afeiçoados, vagueando sem saberem onde parar, onde se alimentar, onde descansar e pernoitar, sentindo-se perdidos em lugares desconhecidos.
A Maria Luísa Adães também tinha um «post» sobre cães abandonados, que comentei. Talvez o Manu o tenha feito também e talvez daí este seu oportuno e alertante poema, realista censura a quem desumanamente abandona os pobres cães.
Eu sei o que é ter cão, pois tenho um há 13 anos, já a envelhecer, a trazer-me problemas de deslocação sobretudo nesta altura do ano, mas, para onde eu vou, vai ele, ainda que as soluções sejam difíceis, tendo eu, portanto, de cumprir os meus sentimentos para com ele até ao fim, como indeclinável dever.
Um abraço.
Mírtilo
De
manu a 31 de Agosto de 2009 às 00:31
Amigo Mírtilo ! Mais uma vez fica aqui demonstrado, pelas suas palavras, o quão perspicaz é o seu discernimento. Realmente, este meu poema de hoje tem relação directa com o poema da nossa querida amiga Maria Luísa. Foi ela que, no meu outro blogue http:// manulomelino.blogs.sapo.pt / , me chamou a atenção sobre esse seu poema e pediu que a auxiliasse num género de campanha de sensibilização. E eis que surgiu "Amigos da onça". Eu acho que são de louvar estas iniciativas e assim justifico as minhas prontas reacções. Um forte abraço.
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