Pedaços de mim que ficaram no passado
estas memórias que agora me assolam.
Outro tempo, bem distante e inocente
onde, havendo paixão, não existia consciência.
Lembranças de momentos ingénuos
em que a razão não imperava
e a pureza de sentimentos
era a minha ignorância.
Retalhos de alguém
que fui um dia
sem ter percepção de o ser.
Tempo que a vida teima em camuflar
nublando as recordações mais doces
desfocando as imagens mais queridas
fazendo desaparecer
as sensações mais marcantes.
Pedaços de mim que voam
por imposição dos dias
que passam sem olhar para trás.
Pedaços de uma vida que não pára
e, cruelmente, me faz pensar
nos passos inócuos que dei
nas atitudes desapropriadas que tive
e, acima de tudo,
nas oportunidades de ser feliz
que, covardemente, deixei fugir pelos dedos.
De
Joao Gil a 9 de Setembro de 2009 às 23:55
http://mmeloup.wordpress.com/
Visita a poesia da mamã Loba.
De
manu a 10 de Setembro de 2009 às 01:48
João Gil! Bem-vindo a este espaço de poesia que é de quem aqui quiser passar alguns momentos.
O endereço do blogue não me é estranho, já lá estive quase de certeza. Com um pouco mais de tempo lá passarei. Obrigado pela visita.
De
rosafogo a 10 de Setembro de 2009 às 00:29
Olá amigo Manu
Surpreendido?! Pois amigo estive ausente, também sou filha de Deus e lá fui apanhar um pouquito de sol e mar.
Só agora tive oportunidade de o visitar, mas já li muito
do que escreveu, mais própriamente desde o poema
«Amigos da onça». Gostei especialmente daquele que homenageia a poeta MJoão, o Ninho e Pedaços de mim, estão lindos, todos, está de parabéns.
Voltarei para ler os que me faltam, por hoje quero
deixar o meu abraço e desejar que esteja bem.
rosafogo
De
manu a 10 de Setembro de 2009 às 01:45
Olá Rosafogo! Espero que tenha aproveitado bem essa ida a banhos. Eu, como português tipico, até as férias gozo às prestações (falei consigo sobre isso).
A poesia, lá a vou fazendo e não me esqueci de fazer algumas sugestões no outro blogue. Bem-vinda para mais uma etapa de poesia. Abraço grande.
Amigo Manu:
Pois é, todos nós que somos sensíveis à recordação do passado e o olhamos quer para reviver quer para saber o nosso saldo de vida sentimos que ficou lá atrás muita coisa perdida, nessa sepulcral conta-corrente.
No ido e sombrio passado, em riste,
vive algo de nós, alegre e triste,
em qual nossa parcial sepultura,
há lá de nós momentos, pedaços,
são anseios, certos ou vãos passos,
amores, sangue de alma, amargura ...
Um abraço, Manu.
Mírtilo
De
manu a 10 de Setembro de 2009 às 21:41
Amigo Mírtilo! Estes pedaços de nós que ficaram no passado são fruto da inevitabilidade que é viver, tanto as tristezas como as alegrias, encontros e desencontros, etc.
Nem tudo o que vivemos é bom
cada momento tem um tom
antes fosse tudo colorido
há momentos de rara beleza
também há alguma tristeza
faz parte! Tudo isto é vivido
Forte abraço
Comentar post